Em qual país do mundo uma seleção de futebol – que frequenta ou já frequentou o top 10 do mundo – seria comandada por um técnico sem grandes triunfos nem em divisões de baixo? Essa é a pergunta de quem acompanha o futebol da Seleção Feminina ao ver Vadão no comando do time.
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Essa é a segunda passagem dele pela Seleção e, assim como na primeira, promete não dar frutos. Na realidade, o time tem piorado. Não foi feita uma renovação, não há trabalho na seleção de base (inclusive fomos eliminadas ainda na primeira fase tanto do Mundial Sub-20 quanto do Sub-17), não é plano tático.
Ao assistir Brasil x Inglaterra recentemente, confesso que não dei conta de assistir ao jogo por completo. Sofri junto com o time. O time parecia perdido em campo, não havia instruções. Para completar, Marta se lesionou logo no início, o que deixou ainda mais claro que o nosso meio de campo não existe sem a camisa 10. Formiga se desdobrou, mas não havia colaboração e preenchimento dos espaços.
A Copa do Mundo se aproxima e é difícil ter muitas esperanças, infelizmente. A depender do grupo, podemos nem chegar ao mata-mata. E aí, quem será responsabilizado? Vadão voltou ao comando do time com todo o apoio da cúpula da CBF e é mantido lá apesar do mal desempenho. Veja bem, não falo de resultados (que também não são bons). Desempenho e resultados que foram usados para tirar, prematuramente, Emily Lima do comando.
Precisamos de uma mudança e precisamos que o técnico da Seleção seja alguém com capacidade técnica, entendimento de futebol feminino e interesse em fazer com que o time cresça. Alguém que entende de plano tático, das dificuldades das jogadoras, alguém que queira desenvolver o esporte. É preciso pensar em alguém melhor que um técnico inexpressivo de série B.