Ao menos para as mulheres, a prática do futebol já foi proibida pelo Decreto 3.199 em 1941 durante o Estado Novo (1937-1945) e retificado durante a Ditadura Militar (1964-1985), sendo revogado apenas em 1979.
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Nesse período de 38 anos, foram 22 títulos brasileiros masculinos (1 Bahia, 6 Palmeiras, 6 Santos, 1 Cruzeiro, 1 Botafogo, 1 Fluminense, 1 Atlético MG, 1 Vasco da Gama, 3 Internacional, 1 São Paulo e 1 Guarani). O impedimento incluía que mulheres praticassem qualquer modalidade incompatível com as “condições de sua natureza de mãe”. Além do futebol, halterofilismo, beisebol e qualquer tipo de luta eram proibidos.
Muito antes do decreto, já havia um forte preconceito social com as futebolistas. A elite masculina começou a praticar o esporte no fim do século XIX e via com maus olhos a prática das mulheres de classes mais baixas. Às mulheres de elite, cabiam o lugar de torcedoras que com o tempo também perderam espaço, tido como espaço exclusivamente masculino.
Até 1979, o Brasil não ganharia nenhuma medalha olímpica feminina, algo que só aconteceu nos Jogos Olímpicos Atlanta de 1996. A primeira partida da Seleção Feminina de Futebol aconteceu em 1986, equipe que conquistou as medalhas de prata nas Olimpíadas de 2004 e de 2008 e um vice-campeonato do mundial de 2007.