A bicampeã Alemanha volta às glórias ou ainda não saiu da turbulência? - JogaMiga

A bicampeã Alemanha volta às glórias ou ainda não saiu da turbulência?

A Alemanha, potência europeia do futebol feminino, está passando por uma fase de transição, com a saída de Steffi Jones após o fiasco na She Believes Cup de 2018 (último lugar) e depois a rápida passagem de Horst Hrubesch, que conduziu a equipe à em mais uma classificação para a Copa, Martina Voss-Tecklenburg foi o nome escolhido para colocar a Alemanha no lugar mais alto do pódio. Porém ela teve apenas alguns amistosos para escolher as suas 23 e, por incrível que pareça, o fez muito bem, apesar de alguns nomes de peso terem se aposentado.

É difícil prever qual será a formação e as táticas dessa equipe. Em seu curto período de tempo no cargo, Voss-Tecklenburg fez experiências com três e quatro na linha defensiva, mas a formação mais provável é 4-2-3-1. Em qualquer caso, o jogo da Alemanha é geralmente caracterizado por uma mentalidade ofensiva e uma forte presença física que pode ser crítica contra equipes qualificadas como os adversários do grupo, a Espanha, África do Sul e China.

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A peça mais importante do time, como não poderia deixar de ser, é a playmaker Dzsenifer Maroszan, a camisa 10 do Lyon. Sua experiência em clubes (venceu a Champions pelo Frankfurt e pelo Lyon) e também com a seleção permite com que desenvolva seu melhor futebol, criando jogadas e deixando suas companheiras na cara do gol – e até marcando, se necessário. Junto com Marozsan, podemos citar Alexandra Popp (Wolfsburg), a revelação Giulia Gwinn (vai jogar pelo Bayern no próximo verão) e a goleira Almuth Schult (Bayern), nomes que com certeza não sairão do imaginário da torcida.

A história começa em 1930, um punhado de mulheres se reuniu para fundar o 1. Deutsche Damen-Fußball-Club, em Frankfurt-Sachsenhausen. Não caiu bem, no entanto, quando a população reclamou e até jogaram pedras nas jogadoras. Depois de apenas um ano e meio, o clube se desfez, sob pressão no clima político do emergente socialismo nacional. As coisas não melhoraram após a guerra e, em 1955, a DFB decidiu proibir seus clubes de oferecerem futebol feminino – uma proibição que só foi suspensa em 1970. Só então o jogo das mulheres ganhou impulso, ainda que lentamente. Em 1974 foi disputado o primeiro campeonato nacional e em 1982 o primeiro jogo internacional oficial. O avanço veio sete anos depois, quando a equipe da Alemanha Ocidental (no futebol feminino da Alemanha Oriental foi apenas uma reflexão tardia na época) fez sua estreia no Campeonato Europeu de 1989. A partir disso vieram duas Copas do Mundo, sete Eurocopas e dois ouros Olímpicos.

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A seção feminina da DFB tem um orçamento estimado de 5 milhões de euros, enquanto as dos homens são de 40 milhões de euros e tem 200 mil jogadoras registradas.

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