Resumo da madrugada de Copa: as anfitriãs saíram na frente! - JogaMiga

Resumo da madrugada de Copa: as anfitriãs saíram na frente!

Hannah Wilkinson comemorando a vitória das donas da casa. Foto: twitter/fifacom

Nesta madrugada (no Brasil e em boa parte do mundo), a Nova Zelândia deu o pontapé inicial na décima edição da Copa do Mundo feminina, sediada em conjunto pela Austrália e a Nova Zelândia. E as Football Ferns (apelido da seleção neozelandesa) fez muito bonito na estreia, vencendo a Noruega, campeã mundial de 1995, no Eden Park, em Auckland.

O gol solitário da centroavante Hannah Wilkinson, aos três minutos do segundo tempo, foi suficiente para sacramentar a história pois, até hoje, a Nova Zelândia jamais havia vencido um jogo de Copa do Mundo. E vencer a Noruega com certeza deu um gostinho especial às anfitriãs. Uma curiosidade é que Wilkinson, atacante do Melbourne City (AUS), marcou gols em três copas do mundo (2011, 2015 e 2023) mas nenhuma outra neozelandesa jamais marcou em mais de uma edição.

Por parte da Noruega, que além de campeã mundial, também venceu duas Eurocopas (1987 e 1995) e um ouro olímpico (2000), não apresentou um bom futebol, apesar de ter um excelente elenco com jogadoras multicampeãs nas principais ligas europeias. Já nos acréscimos, ainda teve pênalti perdido pela Ria Percival (NZL) e a lateral-direita Thea Bjelde (NOR) saiu carregada pelas próprias colegas, desesperador e ao mesmo tempo engraçado.

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42,137 torcedores acompanharam essa partida histórica, número igualmente histórico pois é o maior público a assistir um jogo de futebol da seleção neozelandesa feminina e o jogo ficou em sétimo lugar no ranking de estreias de anfitrião em copas do mundo.

Já a outra anfitriã, Austrália, também venceu por 1×0 a estreante em copas Irlanda, graças a um gol de pênalti marcado pela Steph Catley, do Arsenal, após Hayley Raso ter sido derrubada por Marissa Sheva na pequena área. O jogo em si mostrou alguma superioridade por parte das Matildas, porém as irlandesas não se deixaram abater e foram muito aguerridas nos 90 minutos, inclusive dando calor nas donas da casa nos acréscimos do segundo tempo, com direito à goleira Mackenzie Arnold, do West Ham, defendendo o que seriam gols olímpicos em duas oportunidades. Isso mesmo, quase tivemos dois gols olímpicos nesse jogo.

A arbitragem ficou a cargo do trio brasileiro liderado pela árbitra Edina Alves, as bandeirinhas Neuza Back e Leila Cruz, com Daiane Muniz no VAR. O destaque da partida, além do gol, claro, ficou por conta do embate entre a lateral-esquerda Katie McCabe (Arsenal) e Hayley Raso, que trocou o Manchester City pelo Real Madrid antes da copa. Uma disputa sadia mas muito acalorada entre elas.

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Um minuto de silêncio em homenagem às vítimas de Auckland. Foto: twitter/fifawwc

As duas equipes jogaram com faixas pretas nos braços em homenagem aos dois mortos no tiroteio que aconteceu em Auckland, próximo ao hotel da seleção norueguesa. O atentado ainda teve seis feridos e o atirador também morreu.

75,784 pessoas acompanharam o jogo no estádio Accor, em Sydney, o que significa um novo recorde de público para o futebol feminino australiano, superando os 58,432 que viram o Brasil vencer a Suécia pelas Olímpiadas de 2000 – esse jogo aconteceu em Melbourne num dia em que teve jogo da seleção australiana masculina no mesmo local.

Em ambos jogos, as autoras dos gols foram eleitas as “Players of the Match”.

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