Mulheres que Inspiram: Calil, a atleta do JogaMiga que foi da trave de gol feita com chinelo a um time semi profissional
Foto: Divulgação/Liga A5 Sports

Mulheres que Inspiram: Calil, a atleta do JogaMiga que foi da trave de gol feita com chinelo a um time semi profissional

No Especial ‘Mulheres que Inspiram’, a atleta da turma Anjo da Pompéia conta como o incentivo dos pais a fez chegar a um time semi profissional e à liga de futsal feminino

O mês de março é popularmente conhecido por ser o mês das mulheres. Por isso, elaboramos o Especial ‘Mulheres que Inspiram’, que traz histórias das atletas do JogaMiga com o futebol. Nesta entrevista exclusiva, conversamos com a Calil, atleta da turma Anjo Pompéia, que se apaixonou pelo futebol ainda criança e, apesar dos preconceitos, se juntou a um time semi profissional.

Se eu fosse boa o suficiente, seria aceita pelos meninos da escola, então comecei a treinar em casa

O futebol sempre fez parte da vida de Calil. Desde pequena, ela assistia aos jogos com seus pais pela TV e, sempre que ia para o interior, jogava futebol na rua com os amigos. “Quando eu ia para o interior, jogava futebol na rua usando latinha [de refrigerante] como bola e chinelo como trave [de gol]”, relembra. No entanto, quando estava na escola, Calil percebeu que não havia um time feminino, e os meninos não aceitavam que ela jogasse com eles.

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Dedicada e determinada, Calil decidiu treinar sozinha em casa. “Se eu fosse boa o suficiente, seria aceita pelos meninos da escola, então comecei a treinar em casa”, conta a atleta. Ela também tentou mobilizar a escola para abrir um time feminino, mas não foi bem recebida pelos pais e professores

Apesar desses obstáculos, Calil não desistiu de sua paixão pelo futebol. Seus pais sempre a apoiaram e incentivaram. Quando ela foi para uma escola maior, finalmente conseguiu se juntar a um time feminino. Isso eventualmente a levou a um time semi profissional e à federação de futsal.

Calil, à frente, ainda adolescente, jogando pelo time da escola

Depois de conhecer os valores do projeto e as meninas incríveis que jogam comigo no JogaMiga, me reencontrei e me reapaixonei pelo futebol

Calil conheceu o JogaMiga após o projeto em que jogava entrar em recesso e não dar satisfações sobre a volta às aulas. “Fui comer com meus colegas e uma garota me pediu um isqueiro, vi que ela estava de chuteira e comentei que jogava [futebol]. Começamos a conversar e, na semana seguinte, fiz minha aula experimental. Nunca mais larguei o JogaMiga”, comenta. “Depois de conhecer os valores do projeto e as meninas incríveis que jogam comigo no JogaMiga, me reencontrei e me reapaixonei pelo futebol”, completa a são-paulina roxa.

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Foto: Priscilla Hilaya/@priscilla.psd

Hoje, Calil deixa um recado para todas as mulheres que querem jogar futebol. “Não deixe ninguém falar que você não é capaz. Vão ter meninas para te ajudar e te ensinar, um passo de cada vez! Futebol é pra todas, todos e todes: se divirta, faça amigos e se desafie”.

Durante o Mês da Mulher, Calil é um exemplo de como a persistência e a determinação podem levar as mulheres a superar obstáculos e alcançar seus objetivos. Ela é uma prova viva de que o futebol é um esporte para todos e que as mulheres são capazes de fazer o que quiserem.

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