Brasil e Inglaterra deram a largada na She Believes Cup nos Estados Unidos. Diante da escalação do Brasil, vimos algo surreal: o Brasil com 4 atacantes. E aí, você se pergunta, cara Miga, quem entra com 4 atacantes para um jogo? Um time de várzea? Não, o Brasil de Vadão.
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Com o meio de campo esvaziado, Adriana sobrecarregada tendo que voltar para ajudar Formiga na marcação, não teve muita criação. Chegamos ao gol, em um lampejo da Marta que, com um drible sensacional, tirou a zagueira da Inglaterra e sofreu pênalti. O VAR do JogaMIga não daria o pênalti, mas a árbitra deu e a Andressa Alves (com aquela barriguinha que já a credita para uma convocação do JogaMiga) marcou.
Depois, o que vimos foi o time inglês com um pouco mais de padrão de jogo, trocando passes melhores e até tendo duas boas chances, uma perdida pela Kirby e outra pela Parris. Direto do ônibus, nossa correspondente Kamila Villarreal ressaltou que “Com a Bronze jogando numa posição em que rende menos, ficou mais fácil para o Brasil controlar o jogo (Fora, Neville!).”
Do lado brasileiro, vimos Marta voltar muito para tentar criar jogadas, o que acabou deixando um buraco no ataque (inacreditável para um time com 4 atacantes). E, de ponto positivo, sem a bola, o Brasil conseguiu marcar pressão em alguns momentos até dentro do campo adversário, dificultando a saída de bola inglesa e deixando com que o ataque adversário não conseguisse sair de forma tão rápida.
Direto de Franco da Rocha, nossa correspondente Thai Cordeiro profetizou para o segundo tempo: “se a Inglaterra impuser o mínimo de toque de bola e perceber o buraco que tem no meio campo (que por sinal só não é maior porque existe a Formiga) elas ganham facilmente.”
Como previsto pela Thai, o Brasil começou da pior maneira: nossa zaga assistiu Kirby enfiar a bola para White, que chutou sem chance para Aline, e marcou pra Inglaterra. A partir daí, o domínio só aumentou e direto do Canadá, a correspondente Bruna Didário mandou a letra “não temos nada de posse de bola”. As inglesas continuaram pressionando após o gol, com Kirby se movimentando mais e criando ótimas jogadas.
Com a saída de Marta, o Brasil ficou ainda mais preso a se defender, completamente sem saída de bola e sem conseguir aproveitar os DOIS contra ataques que teve. Em uma jogada que começou com a goleira inglesa, Kirby tocou para Mead, que achou um belo chute e virou para a Inglaterra.
E não parou. Mesmo com a vitória nas mãos, a Inglaterra seguiu pressionando com jogadas ótimas da Kirby, que foi a melhor do jogo, e matou com classe cada jogada que o Brasil se animava em subir na velocidade de Geyse.
Pelo lado do Brasil, ficou uma saudade e um sonho: saudade de um meio de campo presente e que não deixa o outro time jogar tão a vontade; e sonho da Formiga demitir o Vadão no vestiário, seria incrível ter um técnico de verdade.