A mescla camaronesa entre juventude e experiência é a chave para o sucesso na França

Quatro anos depois de impressionar em sua estreia na Copa do Mundo no Canadá, progredindo do grupo antes de perder nos últimos 16 para a China, Camarões está indo para a França neste verão com um impulso renovado. Presente na Taça das Nações Africanas desde a sua criação em 1991, as Leoas Indomáveis são, no cenário global, como novatas, tendo feito sua estreia internacional nos Jogos Olímpicos de 2012 (deixando o torneio sem um único ponto).

A zagueira Estelle Johnson, uma estrela ascendente, deve fazer sua estreia internacional para Camarões na Copa do Mundo de 2019, na França, apesar de ter um pai americano e uma mãe do Mali. A zagueira do Sky Blue FC nasceu em Maroua, uma cidade no norte dos Camarões, e prometeu a sua lealdade ao país tendo sido inspirado pelos esforços da equipa na Copa do Mundo de 2015. Outro nome que pode chamar a atenção é o da atacante Gaëlle Enganamouit. Uma atacante magra e astuta, fará 27 anos no dia anterior à abertura do grupo dos Camarões contra o Canadá, em Montpellier, no dia 10 de junho.

Na década de 1970, Camarões era um dos poucos países que em que uma mulher jogava em uma equipe masculina. Uma verdadeira porta-bandeira, Emilienne Mbango foi a estrela do lendário clube camaronês Leopard of Douala, entre 1970 e 1973, onde formou uma dupla sensacional com um certo adolescente chamado Roger Milla. Apesar deste sucesso para Mbango, foi apenas no final dos anos 80 que uma equipa nacional foi criada, com Regine Mvoue a capitanear a equipa na final da Taça das Nações Africanas em 1991.

Em 2016, Camarões sediou a primeira Copa das Nações Africanas das Nações em meio a uma grande fanfarra. O torneio ostentava multidões recordes nos estádios. Os anfitriões perderam por 1-0 contra a Nigéria na final. No entanto, o sucesso da seleção ainda não causou impacto dentro do país, com um campeonato nacional subfinanciado e jogado em péssimas condições.