O mês de março é um momento para celebrar as conquistas e desafios enfrentados pelas mulheres em todo o mundo. Entre as muitas histórias inspiradoras que surgem nessa época, destaca-se a trajetória da atleta Juliana Silva, integrante do projeto de futebol feminino JogaMiga. Em uma entrevista exclusiva para o Especial Mulheres que Inspiram, Juliana conta como sua paixão pelo futebol começou na infância, em projetos sociais para crianças e adolescentes, e como enfrentou obstáculos para continuar jogando quando chegou à adolescência.
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Chegou um momento em que eu não podia mais ir ao campo assistir aos jogos, para que os homens não mexessem comigo. Então eu passei a sair escondida de casa para poder ir jogar
“Minha família toda joga futebol. Quem não é lateral, é zagueiro, no máximo meio-campo. Então a relação com futebol de várzea sempre foi muito forte em casa, porque somos muitos primos”, conta Juliana. Mas ela lembra que, por ser menina, enfrentou preconceito e limitações para praticar o esporte que amava. “Chegou um momento em que eu não podia mais ir ao campo assistir aos jogos, para que os homens não mexessem comigo. Então eu passei a sair escondida de casa para poder ir jogar; muitas vezes pulando o portão e tudo mais.”
Foi só na idade adulta, trabalhando em uma escola, que uma colega comentou sobre o projeto e Juliana encontrou um espaço seguro e acolhedor para jogar futebol entre mulheres. “O JogaMiga representa muitas coisas para mim, e uma delas é o espaço seguro! Quando entrei no JogaMiga, eu tinha perdido meu pai há pouco mais de um ano e estava afundada na depressão e outros transtornos, como ansiedade e síndrome do pânico. Eu tinha vergonha dessa condição… E aí, no JogaMiga, eu descobri que não era a única a estar passando por aquilo. Então me senti mais segura ainda em estar no grupo e tudo mais.”
O JogaMiga representa muitas coisas para mim, e uma delas é o espaço seguro!
Hoje, Juliana, torcedora fanática do São Paulo, incentiva outras mulheres a não se deixarem intimidar pelos preconceitos e a procurarem espaços como o JogaMiga, onde encontrarão apoio e encorajamento para praticar o esporte que amam. “O recado que eu deixo para mulheres que querem jogar futebol é: meninas, garotas, mulheres, não deixem que os homens e a sociedade ditem o que você pode ou não fazer. Quer fazer? Faz! Quer jogar? Jogue! Quer ser feliz? Seja feliz!”
Em um mês dedicado a celebrar a força e a coragem das mulheres, a história de Juliana Silva é um exemplo inspirador de como o esporte pode ser um caminho para a superação de desafios e a conquista de sonhos.
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Sensacional! Adorei a história!