Nessa segunda noite/madrugada (ou terceiro dia, se preferirem) de Copa do Mundo, Estados Unidos e Inglaterra confirmaram o favoritismo, o Japão goleou e a Dinamarca venceu pelo placar mínimo. O primeiro confronto foi o esperado Estados Unidos x Vietnã, em que muita gente acreditava que as atuais bicampeãs venceriam por dois dígitos de diferença, mas acabou “só” por 3×0, cortesia de Sophia Smith (duas vezes) e da capitã Lindsay Horan, que joga no Lyon.
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Os 41,107 presentes no Eden Park (o terceiro maior público de um jogo dos EUA em fase de grupos de copas do mundo) ainda viram a goleira vietnamita Tran Thi Kim Tran defender um pênalti de Alex Morgan quando o jogo ainda estava 1×0 para as estadunidenses. Smith, atacante do Portland Thorns, com os dois gols e a assistência pro tento de Horan, foi eleita a melhor em campo.
A madrugada chegou e com ele o esperado Zâmbia x Japão, em que as Nadeshiko dominaram toda a partida, que acabou em 5×0, anulando a estrela zambiana Barbra Banda, que nada pôde fazer, pois não teve nenhuma chance clara de gol. As “Rainhas do Cobre”, bronze na última Copa Africana de Nações e participando pela primeira vez do mundial, está envolta num escândalo com a federação de futebol do país, em que elas acusam a FAZ de não quererem pagar os valores pela participação na competição e ainda por cima uma grave denúncia de assédio sexual envolvendo o treinador Bruce Mwape, que segue no time, diferente da meia-atacante Grace Chanda, do Madrid CFF, que foi cortada de última hora “por doença”, segundo nota oficial – mas parece que não é bem assim…
O jogo em si foi defesa contra ataque, em que o destaque foi a goleira Catherine Musonda (que viria a ser expulsa nos acréscimos do segundo tempo depois de cometer um pênalti), que, apesar de parecer insegura, fez excelentes defesas, deixando o Japão com vantagem mínima no intervalo. A partida ainda teve participação crucial do VAR, que anulou corretamente o gol de Mina Tanaka no primeiro tempo.
Pouco mais de dezesseis mil pessoas no FMG Stadium Wakato (exatamente 16,111) viram Hinata Miyazawa (Mynavi Sendai) abrir o placar e ainda marcar o terceiro, depois de Mina Tanaka, que joga no INAC Kobe Leonessa, marcar mais uma vez e mais uma vez o VAR anular corretamente e só aos 10 do segundo tempo finalmente marcar um gol válido! Jun Endo (Angel City) e Riko Ueki (Tokyo Verdy Beleza) fecharam o placar. Miyazawa, como não podia deixar de ser, foi eleita a melhor em campo.
Em seguida, mais uma nação estreante, o Haiti, entraria em campo contra a Inglaterra, atual campeã europeia, e fez bonito, jogou bem apesar da derrota pelo placar mínimo, graças a um gol de pênalti de Georgia Stanway (Bayern de Munique).
O destaque haitiano, não podia ser diferente, foi Melchie Dumornay, que em 2023 vai jogar pelo multicampeão Lyon após duas temporadas no Stade de Reims, também na liga francesa. Ela fez de tudo no campo, só não conseguiu fazer o gol. Já do lado inglês, o time parecia ter sentido o peso da estreia e também de estrear sendo uma das favoritas.
44,369 foi o público no Suncorp Stadium, em Brisbane e, obviamente, Stanway foi eleita a melhor em campo.
Por fim, o jogo que encerrou a segunda noite/madrugada de Copa do Mundo foi um equilibrado Dinamarca x China, em que as goleiras não fizeram nenhuma defesa difícil e os ataques deixaram a desejar, mas ainda assim a seleção capitaneada por Pernille Harder, que trocou o Chelsea pelo Bayern de Munique antes do mundial, achou um gol aos 44 do segundo tempo, graças a um belo cabeceio de Amalie Vangsgaard, do PSG, que havia entrado apenas quatro minutos antes.
O público presente foi de 16,989 torcedores e esse foi o primeiro jogo que não houve pênalti marcado. O gol de Vangsgaard, eleita melhor em campo, foi o primeiro da Dinamarca desde a última vitória da equipe, em 15 de setembro de 2007.