Nesta terça, 19, a FIFA anunciou os países que se candidataram para sediar a próxima Copa do Mundo feminina, em 2023. O número de pedidos foi recorde – nove – e o que chamou a atenção foi que o Brasil foi um dos solicitantes, junto com Argentina, Bolívia, Colômbia, Japão, Coreias do Sul e do Norte (sim, juntas), Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. Vale ressaltar que nenhum desses países jamais sediou uma Copa feminina.
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Tendo em vista o tratamento histórico da CBF com o futebol feminino de um modo geral – e com a Seleção em particular – o anúncio é um tanto surpreendente. Em relação aos países concorrentes, o Brasil ainda investe muito pouco na modalidade, mas é de se louvar as recentes – e inéditas – mudanças como o apoio da fornecedora (através de um uniforme e ações de marketing exclusivos), a maior emissora do país anunciando que exibirá os jogos da Seleção e a recém anunciada parceria com o Twitter Brasil para a exibição de um jogo por rodada do Brasileirão feminino.
A favor do nosso país o fato de que já sediamos uma Copa do Mundo – portanto temos estádios no “padrão FIFA”- , os jogos de futebol feminino nas Olimpíadas 2016 foram um sucesso (mais de 70 mil no Maracanã para ver Marta e cia) e ainda por cima sediaremos o próximo mundial masculino sub-20 no fim deste ano. A CBF e os demais candidatos têm até o dia 16 de abril para enviar seu projeto à FIFA, que dará o veredicto em março do ano que vem.
Enquanto março de 2020 não chega, a Copa do Mundo França 2019 começa em 7 de junho e vai até 7 de julho; o Brasil estreará dia 9 contra a Austrália, depois dia 13 contra a Jamaica e por fim, dia 18 contra a Itália.