A Holanda vive grande fase no cenário mundial. Após o inédito título europeu conquistado em casa, há dois anos, as expectativas em torno da equipe comandada por Sarina Wiegman – a primeira a alcançar as 100 partidas como jogadora e uma das três em todo o país a ter o diploma de treinadora mais alto da UEFA – só aumentaram, muito por causa da excelente fase que vivem suas principais jogadoras.
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A primeira a ser destacada é a bicampeã europeia Shanice van de Sanden. No melhor de sua forma física, a ponta esquerda é muito rápida e será difícil pará-la. Vivianne Miedema fez do campeonato inglês seu quintal de casa e foi a artilheira da competição – e faltam poucos gols para que se torne a artilheira máxima com a camisa laranja. Lieke Martens não teve um bom início de temporada, mas foi essencial na campanha que levou o Barcelona a uma inédita final de Champions. O meio-campo conta com Sherida Spitse e Jackie Groenen, o pulmão e o cérebro do time, respectivamente.
Essa é só a segunda participação em copas do mundo, sendo que, para chegar à França, foi necessário passar pelos playoffs da UEFA, passando por Dinamarca e Suíça. Sarina Wiegman treina as “Leoas Laranjas” desde 2016 e após a conquista da Euro, venceu o The Best da FIFA. O grupo é até tranquilo, tendo o Canadá como principal concorrente por uma das duas vagas, junto com Nova Zelândia e Camarões.
O futebol feminino sempre vem em segundo lugar no masculino na Holanda. Apenas alguns anos atrás, alguns especialistas diriam: “um desperdício de grama”. O primeiro jogo internacional feminino foi disputado em 1956, mas o campeonato holandês (Eredivisie) só foi criado até 2007, e só aconteceu por causa do trabalho duro de Vera Pauw, a então treinadora da Holanda. Ainda não recebe muita cobertura. Muito poucos jogos são exibidos na TV e os atendimentos são baixos. A primeira vez que a equipe nacional se classificou para um grande torneio foi a Euro 2009, na Finlândia. Elas tiveram um desempenho surpreendentemente bom e muitos jornalistas voaram no último momento para cobrir o torneio. Os holandeses foram derrotados pela Inglaterra nas semifinais depois de nocautear a França nas quartas-de-final.
Atualmente são 160 mil jogadoras registradas na federação. A modalidade está crescendo no país, com a seleção tendo um orçamento de três milhões de euros quando há Eurocopa ou Copa do Mundo e entre dois milhões a 2,5 milhões quando não há. Esses números cobrem os salários, bônus, custos de marketing e equipe e etc.