O futebol feminino nasceu na Inglaterra durante a década de 1890, em Preston, onde surgiu o pioneiro Dick, Kerr Ladies, fundado em 1894. O sucesso do Dick, Kerr Ladies (de Lily Parr e seus mais de 900 gols) incomodou e a FA acabou por banir o futebol feminino de todas as áreas usadas pelos clubes masculinos afiliados. O raciocínio era que “o futebol era inadequado para as mulheres”.
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Banido por 48 anos (de 1921 a 1969), o futebol feminino teve seus melhores momentos depois de chegar às semifinais da Copa do Mundo no Canadá 2015 e da Euro 2017 (Holanda) e, obviamente, a ambição é vencer o torneio. Pelo menos as Lionesses parecem tranquilas para avançar em um grupo inicial com Argentina, Japão e Escócia.
Hope Powell tornou-se a primeira técnica em tempo integral das Lionesses em 1998 e, sete anos depois, a Inglaterra sediou o Campeonato Europeu. A Women’s Super League foi fundada em 2011 e, de acordo com os relatos mais recentes, o gasto anual da FA no futebol feminino foi de 17,7 milhões de libras de um orçamento geral de 125 milhões de libras sendo o maior investimento na modalidade em qualquer federação europeia.
Falando do jogo, o treinador Phil Neville tem tendência a alternar entre 4-3-3 e 4-2-3-1, e a última formação traz o melhor de Fran Kirby, (Chelsea), facilitando a sua colocação no clássico papel de número 10. A habilidade de Kirby de jogar entre as linhas parece ser parte integrante das chances da Inglaterra, enquanto Jade Moore (Reading) e Jill Scott (Man City) fazem um par bem equilibrado no meio-campo.
Irmão gêmeo da treinadora de Netball da Inglaterra, Tracey, Phil Neville aumentou os níveis de inteligência ao mesmo tempo em que reduziu a idade média da equipe. Como zagueiro da seleção inglesa, foi cortado da lista final em três Copas do Mundo. Uma de suas jogadoras mais importantes é Lucy Bronze, do Lyon, considerada a melhor lateral-direita do mundo, jogou por equipes masculinas até os 12 anos, quando a FA a baniu. Depois de iniciar sua carreira no Sunderland, ganhou uma bolsa de esportes na Universidade da Carolina do Norte, mas sofreu quatro cirurgias de joelho antes dos 23 anos. Filha de pai português, ela domina o idioma e já defendeu o Liverpool e o Manchester City antes de chegar ao seu auge físico e técnico no hexacampeão da Europa.