Mulheres que Inspiram: Natasha Silles ressalta que 'lugar de mulher é onde ela quiser'
Foto: Gabi Figueiredo/@gabisfigueiredo.foto

Mulheres que Inspiram: Natasha Silles ressalta que ‘lugar de mulher é onde ela quiser’

Atleta do JogaMiga desde 2021, Natasha conta em entrevista exclusiva sobre sua trajetória no futebol e a luta pela igualdade de oportunidades

No Mês da Mulher, destacamos a importância da luta pela igualdade de oportunidades no futebol e em outras áreas. Natasha Silles, atleta do projeto JogaMiga, contou em entrevista exclusiva ao Especial ‘Mulheres que Inspiram’ sobre as dificuldades que enfrentou ao longo da sua trajetória no esporte.

Desde criança, Natasha acompanhava partidas de futebol com seu avô e jogava bola na rua com os primos. Foi aí que surgiu a paixão pelo esporte e a ideia de buscar uma escolinha de futebol. Porém, a família não tinha condições financeiras para pagar as mensalidades e Natasha precisou trabalhar com o tio aos 12 anos para ajudar a pagar os treinos. “Joguei na escolinha até os 15 anos, mas a falta de oportunidade para jogar em clubes me obrigou a seguir outros rumos”, conta.

Nas minhas costas, comentavam maldades, mas eu não me abalava, porque o futebol sempre foi uma das minhas paixões

Mesmo tendo o apoio da família, principalmente dos avós, a atleta passou por preconceitos na escola. “Naquela época, havia o paradigma de que as meninas não poderiam jogar, mas eu não estava nem aí: pegava minha chuteira e jogava com os meninos da escola”, desabafa. “Nas minhas costas, comentavam maldades, mas eu não me abalava, porque o futebol sempre foi uma das minhas paixões”, conclui.

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Foi somente na fase adulta que Natasha, torcedora dos times do São Paulo e Barcelona, voltou a pesquisar sobre futebol. Ela conheceu o JogaMiga no meio da pandemia, por meio das redes sociais de uma amiga, e fez a primeira aula logo após o lockdown.

O JogaMiga, felizmente, trouxe o futebol pra minha vida novamente. Fiz novas amizades e tive vivências que guardo com muito carinho no meu coração.

Foto: Divulgação/Natasha Silles

“O JogaMiga, felizmente, trouxe o futebol pra minha vida novamente. Fiz novas amizades e tive vivências que guardo com muito carinho no meu coração. Hoje, não é somente sobre jogar futebol, mas sobre esperar pelo dia do treino para encontrar pessoas que alegram minha vida dentro e fora de campo”, conta.

Natasha incentiva outras mulheres que querem jogar: “não se importem com o que dizem sobre mulheres jogando futebol, porque lugar de mulher é onde ela quiser! Vá pra cima, jogue como uma garota e não se abale por comentários alheios”.

A luta pela igualdade de oportunidades no futebol feminino é uma batalha constante das mulheres no esporte. Projetos como o JogaMiga buscam mudar essa realidade, dando oportunidades e incentivando a prática do futebol feminino.

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Neste mês da mulher, é fundamental destacar a importância da luta das mulheres no esporte e a necessidade de investir em políticas públicas e incentivos para que todas possam ter as mesmas oportunidades que os homens no futebol.

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