A norueguesa Hege Riise será a treinadora das Lionesses até o fim das Olimpíadas de Tóquio, marcada para se encerrar em agosto de 2021
A Football Association (FA) anunciou a Hege Riise, de maneira interina, como a nova treinadora da seleção feminina da Inglaterra até que os Jogos Olímpicos de Tóquio se encerrem, quando a holandesa Sarina Wiegman assumirá o cargo principal das Lionesses.
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A lendária ex-meia campista da seleção da Noruega chega com uma bagagem pesada no futebol, ela foi uma dos principais destaques daquela que foi a melhor geração de futebol do seu país, sendo campeã da Europa, do Mundo, quando eleita a melhor jogadora da edição pela FIFA, e medalhista de ouro nas Olimpíadas de Sidney, em 2000.
Além disso, a Riise também já tem o seu nome marcado na história como treinadora. Na última década, a técnica fez parte da equipe norueguesa multicampeã LSK Kvinne, que conquistou de maneira consecutiva 6 títulos da Liga da Noruega e ainda levantou cinco vezes a taça da Copa Nacional. Em 2020 ela foi nomeada ao prêmio de melhor treinadora da modalidade pela FIFA.
A nova comandante das Lionesses ainda teve uma passagem pela comissão técnica da seleção feminina estadunidense, ela era o nome de confiança da Pia Sundhage na campanha da conquista Olímpica de 2012 da equipe dos Estados Unidos.
Ainda não se sabe se pós-Olimpíadas de Tóquio a Hege Riise assumirá algum outro cargo dentro da seleção inglesa, já que a função de ser a treinadora das astras britânicas será exercida pela atual vice campeã mundial Sarina Wiegman.
Apoio canadense
Para esses próximos meses à frente daquela que é uma das seleções mais badaladas da modalidade, a Riise contara com a ajuda da Rhian Wilkison, que chega para assumir o cargo de assistente técnica da treinadora das Lionesses. A americana também foi uma jogadora de sucesso da sua seleção, onde atuou em mais de 180 jogos e ainda teve passagens por times dos Estados Unidos e europeus, além de ter treinado algumas seleções de base do Canadá.
Estilo de jogo
Assumindo agora as Lionesses, que é uma seleção com nomes bastante experientes e vitoriosos, a Riise assume que é uma treinadora que gosta de trabalhar escutando mais as atletas, e as suas opiniões, do que falando.
Em suas próprias palavras, ela disse gostar desse papel de “mãezona” que ouve o que a filha têm pra falar e assim cria uma relação pessoal bem próxima com todas as atletas que estão sob o seu comando, dando a confiança necessária para cada uma delas.
Cenário pré-Riise
No dia 18 de janeiro a seleção feminina da Inglaterra anunciou o desligamento do treinador Phil Neville, que comandou a seleção inglesa desde janeiro de 2018 e agora está de mudança para a Flórida, nos EUA, para assumir o comando técnico do Inter Miami, time da Major Soccer League que tem o, também inglês, David Beckham como um dos proprietários.
Em três anos de Lionesses, o ex-técnico conseguiu 19 vitórias em 35 partidas à frente da seleção. O mancunian ainda conquistou o título inédito da SheBelieves Cup em 2019, e alcançou a quarta colocação na Copa do Mundo da França do mesmo ano. De lá pra cá o Neville passou ser bastante questionado por conta dos resultados das inglesas em campo e pela falta de renovação dos nomes nas convocações.
A princípio, o contrato do Neville com as inglesas duraria até o fim dos Jogos Olímpicos da capital japonesa.
“A opção número 1!”
Com essa frase que o diretor de futebol feminino da FA, Baroness Campbell, anunciou em agosto do ano passado que a treinadora Sarina Wiegman seria a nova comandante da seleção feminina e que não havia opção melhor para o comando das Lionesses.
A holandesa é a maior treinadora de futebol da história do seu país. Com incríveis 43 vitórias, ela têm números que nenhum outro nome conseguiu conquistar à frente das seleções nacionais, tanto a masculina quanto a feminina. Ela ainda levou o seu país ao título da Euro de 2017, tirando a Holanda de uma fila de quase 30 anos sem ganhar uma competição europeia.
A Inglaterra será a sede da próxima UEFA Women’s Euro, e a Wiegman classificou essa oportunidade como a melhor do mundo, e disse que não existia lugar melhor para um treinador trabalhar nesse momento.